O ambiente fértil para a propagação de uma cultura submissa e desprovida de senso de posição e altivez, é uma sociedade desinformada. Para tanto, sempre se estabelece um plano duradouro de poder, que vigia de perto o contraditório e se corrompe os meios por onde possa adentrar pontos de discussão não convenientes com o "projeto". Entretanto, nenhum plano é perfeito e algo sempre escapa. É o que aconteceu e ainda está acontecendo no Brasil, com grandes tentáculos e extensões no mundo. Escapou e continua escapando, informações que fomentaram e, como alavanca propulsora social, deram ao Brasil a oportunidade de finalmente, mostrar ao mundo o que eu chamo de "fim da puberdade''. " Sair de "ato" para ser "potência", na teoria filosófica de Aristóteles, consiste em uma evolução proativa e transformação da "forma". Na minha aplicação nesse compêndio, com um movimento de independência e maturidade como povo, como potência não apenas nacionalmente, mas além das fronteiras. A ascensão de Jair Messias Bolsonaro, chamado de "fenômeno" político no Brasil, tem explicação e vai muito além de um movimento social pela empatia e admiração à pessoa dele. É na verdade, uma necessidade, um despertar de uma sociedade pelo senso de realidade, pela informação confrontadora e a revelação da traição outrora sofrida. A bravura e a determinação de um líder é tudo que um povo precisa para se erguer e se motivar, é aquela máxima popular de unir o útil ao agradável. Embora qualquer sociólogo incipiente diga que este é um movimento de transição que já existiu em outras épocas, a atual congregação de patriotas se dá muito pelo esclarecimento e conscientização política e não mais pelo espírito passional e pueril que ocorreu nos anos anteriores. Assim, fica claro que o brasileiro se politiza diuturnamente e, aprende a defender - argumentar de maneira sólida os de seu posicionamento e - já faz um exercício de prospecção sobre si mesmo como agente detentor do poder (crescimento) de sair de ato para para ser Potência.
Sergio Junior